
O ex-líder do desgoverno anterior, Ciro Nogueira, a reboque dos resultados das eleições europeias, sobretudo na França, reconheceu que a direita extremista não ganhará eleição no Brasil se mantiver o discurso fascista atual e apostar nas fake news e pautas morais. E dá para ver a dificuldade nas municipais que estão chegando.
Nogueira não é dos bobos; tem história , inclusive nos governos anteriores de Lula e Dilma, além de ser o parceiro do Lira no partido do centrão, o PP.
Nos EUA, a campanha de Trump, que andava trôpega e parecia patinar, preparava-se para desferir esse tipo de campanha, baseada no ataque pessoal, nas mentiras e escândalos, sem deixar de lado a homofobia, o ódio aos imigrantes e coisas que tais. Por conta do desempenho de Biden, claramente limitado por problemas cognitivos, mudou o foco e vai insistir na impossibilidade de Biden seguir por mais 4 anos, o que não me parece uma mentira. E além disso, parece que a coisa virou e Trump passa a ser o favorito, se o partido democrata insistir com Biden.
Por aqui, a coisa é mais simples por um lado e mais complicada por outro, porque no impedimento da candidatura do Minto, fora seus outros problemas legais que começam a pipocar para valer, substituir o titular por um nome viável é a tarefa de todo o grupo opositor, e aí que Nogueira sinaliza que não dá pra insistir nos moldes anteriores, e talvez a falta do titular tenha papel crucial na avaliação.
Os nomes aventados para assumir a tarefa são os conhecidos, nenhum tem estofo ou possibilidade de ameaçar a vitória de Lula, até o momento.
Nogueira segue a máxima do centrão em seu desfile de fidelidade: acompanha o chefe até a borda do abismo, mas não no pulo. Ao se antecipar ao fim do Minto, abre as possibilidades para si e seu partido, trabalhar por um substituto do Minto ou aderir ao atual presidente. Seu partido tem votado dividido, mantendo um pé em cada barca até aqui. Talvez uma definição esteja mais próxima. Talvez depois das municipais, se confirmadas as tendências que trazem preocupação ao Ciro Nogueira.