Outra história impressionante que o ex ministro José Dirceu trata no seu livro e conta nas entrevistas de divulgação, é sobre o ministro do STF Luiz Fux.

Dirceu afirma que ele e demais acusados no mensalão foram assediados por Fux, que demonstrava conhecer até as vírgulas do processo e afirmava a cada um que reconhecia a inocência de cada um deles.

Dirceu repetiu a frase que, segundo conta, Fux dizia: ” que essa ação eu mato no peito.”!

A atuação inquisitória e punitivista de Fux contra os petistas, na ação do chamado mensalão, foi destacada, entretanto.

O ex governador do Rio de Janeiro, Cabral,atualmente condenado e preso, também conta do assédio que sofreu de Fux, na sua incansável caça de influência e votos para conseguir a indicação ao STF, Cabral diz que Fux beijou os pés de sua esposa na sua frente.

Nenhuma dessas histórias foram negadas até hoje.

Dirceu, concluindo, e em vista de sua relação com Fux pergunta, perplexo:” mas não é um charlatão ?”

É.

Amanhã, dia 31 de agosto de 2018 será marcado como o dia da infâmia.

O TSE, sem nem ter recebido a manifestação da defesa de Lula, que deverá ser entregue hoje, agendou para amanhã, dia 31, o julgamento da inegebilidade do presidente.

Evidentemente, nem vão ler a defesa,pior, já escreveram a condenação a dias.

Completam a obra de exceção iniciada com a derrubada da Dilma, aceitam os julgamentos igualmente de exceção que submeteram o presidente, em Curitiba e em Porto Alegre, rasgam a Constituição, ignoram o comitê de direitos Humanos da ONU e também o nosso comitê de direitos humanos que concordou com a decisão internacional.

Pela primeira vez nossas eleições serão monitoradas por observadores da OEA, que já declararam preocupação com a ausência de lula no pleito.

Alguns juízes pretendem destruir a soberania do povo e ignorar milhões de votos, deslegitimando a escolha no próximo presidente.

Vão quebrar a cara, e vão levar o troco.

Podem negociar seus aumentos de salário com o golpista, antecipando o risco de não conseguirem fazê-lo no próximo ano.

Podem juntar suas tropas para tentar barrar a vitória do PT.

Vamos de Haddad, acreditamos na paz, preferimos a paz, acolhemos o sacrifício pela paz que Lula fez, e a sua escolha pelo sofrimento que nos trouxe de volta a consciência e o verdadeiro entendimento sobre o que está acontecendo no Brasil.

Venceremos.

Ps.: o TSE divulgou a pauta de amanhã agora e não incluiu os processos referentes a Lula. Parece que perceberam que nem ler a defesa do presidente ia ficar meio chato….

O ex ministro José Dirceu está divulgando o lançamento do seu livro e participando de diversas entrevistas na mídia alternativa.

Só ontem eu assisti três.

Em uma delas Dirceu compara a prisão de Lula com o assassinato de Julio César, que aconteceu dentro do Senado Romano.

Dirceu lembra que após esse crime um período de caos e instabilidade provocado pelo vácuo de poder e a sua disputa, permaneceu na capital do império Romano até que um novo governo estabelecido em torno do sobrinho do César assassinado se impôs.

Governo que durou 40 anos.

Dirceu é mais modesto e prevê a avassaladora influência de Lula por mais 20 anos, apenas.

Concordo com essa previsão.

A minha única dúvida é saber se o período de caos que instalou-se entre nós já é este que aí está e que terminaria com a eleição de um presidente agora em 2018, ou, se a eleição sem o Lula é que na verdade seria o equivalente ao assassinato de César e nesse caso, o caos mesmo ainda está por vir.

Breve, descobriremos.

Quando eu lia as colunas do Luis Nassif no seu portal jornalggn, afirmando que nas votações importantes do STF, sobretudo a partir do mensalão, e sobretudo as que envolvem PT, sobretudo as que envolvem o presidente Lula, Nassif afirma que os ministros já sabem o resultado, e garantindo a decisão que interessa eles aproveitam para, em minoria e descordando, fingir que tem posição divergente para assim manter espaço para realizar outras manobras futuras.

Se, por algum motivo, as decisões que interessam estão ameaçadas, mudam de um lado para o outro sem o menor constrangimento.

Eu não acreditava muito nisso.

Mas as últimas decisões do STF não deixam dúvidas que estamos a alguns dias de revivermos os piores pesadelos, quando os magistrados nomeados para proteger a cidadania e os direitos, são eles mesmos os responsáveis por negar ao país a aplicação de suas leis.

Já tivemos outros STFs que se adaptam à golpes, desde Getulio, diante do golpe militar e, agora novamente.

Agem acomodando interesses, contra a ordem jurídica vigente, inventando uma outra que melhor convenha ao poder que preferem prestigiar.

Vão dar com os burros no brejo, mas, infelizmente, vão nos levar junto.

Pra gente sair depois, muito suor e lágrimas.

Sem mencionar o sangue, que prefiro nem mencionar.

Com esse placar, de 6×1, o TSE agora à noite negou ao presidente Lula o direito a cobertura da agenda e a sua participação na campanha.

Segundo o juiz relator, a liberdade de imprensa escolhe a conveniência de cobrir os candidatos, lembrando que ” sua majestade o público” é que decide.

Talvez sua majestade, o juiz, não saiba que o público já se decidiu, mas vai ficar sem ver Lula na presidência.

É bom observar que o TSE não deu a mínima para a decisão do comitê de direitos humanos da ONU, mas não sei dizer se isso foi objeto de questionamento por parte da defesa.

Depois vamos ouvir melhor sobre isso.

O prognóstico, a meu ver, para a decisão da admissibilidade da candidatura Lula está claro, Lula vai ter sua pretensão negada, na semana que vem.

No STF também não vejo futuro nessa tentativa.

O Brasil através do seu judiciário está disposto a atravessar o Rubicão da indecência e da ilegalidade diante da perplexidade mundial.

No futuro, breve, espero ainda estar por aqui para explicar o tamanho da loucura e suicidio que essa decisão representou.

Mas não tem jeito.

Vamos de Haddad e Manoela, uma batalha duríssima a ser travada não apenas eleitoralmente mas muito além, de governabilidade.

As nossas ilusões se vão, mas a luta continua.

Seguimos.

Quando Collor disputou e ganhou a eleição em 89, não participou de nenhum debate no primeiro turno, somente no segundo turno debateu com Lula para proporcionar as imagens utilizadas na famosa edição do jornal nacional contra o candidato do PT. Até hoje a Globo realiza debates no final das campanhas quando as candidaturas já terminaram com seus programas gratuitos de TV e impossibilitados de responder as manipulações de última hora.

É o arsenal final muito eficaz em campanhas apertadas.

FHC também não participou de nenhum debate nas duas vezes que foi candidato e venceu no primeiro turno. Fazia a promessa de debater caso houvesse a disputa no segundo turno.

Digo isso porque Lula, em todas as vezes que foi candidato, participou de debates no primeiro e no segundo turno, a mesma atitude adotada por Dilma.

Mas, realisticamente, para quem está disparado na frente das pesquisas, o que se pode afirmar é que tanto faz participar ou não, ou até, o melhor mesmo é nem participar.

Na hipótese de cassarem o Lula, aí sim a exposição de Haddad torna-se importante, ainda mais com o tempo reduzido dessa vez, com menos dias de campanha.

O PT tem sido escandalosamente boicotado pelas redes de TV, jornais, etc, mas também isso pode ser um tiro no pé dessa gente.

Mais um.

Um fato importante que já não pode mais ser ignorado e precisa ser devidamente destacado, é o rompimento de Lula e do PT com a Globo.

Nas seguidas manifestaçõe o PT nessa eleição tem deixado explícito que responsabiliza a Globo pelo golpe institucional, entre outros, e que vai cobrar essa ação.

É importante entender que nesse movimento não é a Globo quem mudou, o grupo midiático continua onde sempre esteve, contra governos nacionalistas e populares.

Isso desde que existe, a mais de 50 anos.

Quem mudou a postura foi o PT,reconhecendo a ilusão de insistir em um relacionamento institucional com quem não preza nem pela democracia e muito menos por políticas nacionalistas e populares.

Essa mudança pode anunciar um amadurecimento do partido, mais sofrido e por isso menos ingênuo, nos seus tratos daqui pra frente.

Não há de ser falar em vendeta, perseguição.

Pra essa gente basta a livre concorrência, o livre mercado, pluralidade.

A democracia.

Como um bom vampiro, ao exposto à luz, morre.

O portal Brasil247 nos informa que o estoque de imóveis retomados pelos bancos brasileiros por conta de inadimplência nos pagamentos do financiamento, atingiu a marca de 70 mil unidades.

Que correspondem a 11 bilhões de Reais.

Esse estoque que até 2016 era de pouco mais de 40 mil unidades, quase dobrou, é só esse primeiro trimestre de 2018 já foi acrescido de 1,6 bilhões de Reais.

A CEF detém cerca de 60% desse estoque.

Evidente que em algum momento os bancos precisarão desovar esse ativo, que será feito através de leilões onde o antigo proprietário só recebe parte do que pagou até ser obrigado a devolver, na hipótese do valor apurado em leilão curtir os custos do banco e sobrar algum.

O que nos conduz para o cenário seguinte.

Esse leilão maciço de imóveis provocará queda generalizada no valor dos imóveis, congela lançamentos novos até que esse estoque acabe, transfere renda dos mais pobres, que não conseguem pagar uma prestação e perdem seu bem, que será adquirido a preço de banana por quem tem algum dinheiro para arrematar o leilão.

Mantém assim a construção civil parada, o desemprego na área nas alturas, enquanto alimenta o mercado com estoque barato para a próxima rodada de valorização.

Concentração de renda funciona assim.

A solução?

Qualquer uma, menos essa.

Terminou a greve de fome.A fome ,mesmo, não terminou.Tentou comer justiça.Ninguém colheu.Sequer plantou.Não tinha.Não tem.Descome.Tentou beber justiça.Mas não choveu.Nem nuvem viu.Nada caiu do céu.Secou.Desbebe.Tentoufalar.Tentouinfluir.Tentou.Tentou e tentou.Tentou.Foimelhorqueficardebarrigacheiacoma bocaescancaradadedenteesperandoamortechegar,foi.

Estamos entrando na reta final da eleição mais importante dos últimos 20 anos, quando iremos repudiar ou confirmar um golpe parlamentar-midiático e jurídico que nos atirou na idade média.

É uma oportunidade de resgatar um crescimento civilizatório, sereno, inclusivo, que tem apoio majoritário da população, sobretudo dos mais pobres e remediados.

Derrotando um projeto predatório, excludente, autoritário e entreguista, apoiado pelos ricos e privilegiados.

Essa dicotomia, que contrapõem escolhas dos ricos e dos pobres, histórica, diz muito do nosso Brasil.

Diz tanto que recomendo a leitura do livro ” A elite do atraso” de Jesse Souza, porque um pequeno texto não é capaz de descrever minimamente a excelente obra que disseca as entranhas apodrecidas do país.

Mas escrevo por outro motivo.

Recentemente o PT foi derrotado na eleição municipal, muito foi dito sobre o assunto, na minha avaliação percebi que o eleitor do partido estava atordoado e não compareceu nas urnas, deixando o campo aberto para a vitória do golpe naquele momento.

Era uma eleição menor, verdade seja dita, paroquial, onde assuntos municipais e nomes pouco conhecidos disputavam o direito de recolher o lixo, limpar as ruas e tapar buracos.

E o resultado pouco ou nada significaria em termos nacionais ou de tendências.

O que essa eleição parece que vai confirmar.

Mas, a provável vitória do campo progressista não vai significar um novo arranjo definitivo, longe disso, as forças da reação mostram permanente disposição de conspirar e dificultar o progresso e libertação do país e fica claro e presente a necessidade de confirmar todos os dias o rumo que deverá ser escolhido na eleicao.

Nem derrotados antes, nem vitoriosos agora.

E,precisamos entender, teremos no judiciário um inimigo furioso que precisará ser desvendado, traduzido e derrotado.

Como, ainda não sei.