
Quem dera nosso Cid fosse em algo semelhante ao herói da Espanha, campeão do Rei, unificador dos Reinos e invencível nas batalhas.
Mesmo depois de morto.
O nosso Cid era ajudante de ordens do ex presidente, que esta a caminho da prisão nesse momento em que escrevo enquanto o ex chefe tem a casa vasculhada por policiais.
Entre tantos e graves motivos nos diversos crimes da dupla, dessa vez a razão dessa ação da PF é a falsificação dos arquivos de vacinação do Ministério da Saúde de integrantes do desgoverno derrotado nas urnas, falsificavam para consolidar a união da quadrilha internamente, manter o discurso anti vacina e burlar as vigilâncias sanitárias mundo afora para permitir ingresso em países sérios.
Não que o nosso não seja, mas é forçoso admitir que fraquejamos e agora remamos para reaver a racionalidade perdida.
E o respeito.
Nosso Cid estava há pouco comandando o Batalhão de Operações Especiais em Goiânia, estava assim no cargo de quem guardava a segurança do Distrito Federal, uma espécie de último bastião de nossas defesas. E a sua remoção custou o posto de Comandante do Exército, porque o primeiro nomeado ao cargo recusou cancelar a nomeação do Cid e o governo decidiu afastar a ambos.
Imagine só.
Especialista em sacar dinheiro em espécie nos terminas bancários dentro do Palácio do Planalto, fazer busca em alfandegas por jóias das Arábias apreendidas em contrabando e , agora, acusado de falsificar registros médicos do Ministério da Saúde durante uma pandemia mundial, nosso Cid é imbatível em falcatruas, um campeão e igualmente escudeiro de um Rei.
E isso o que descobrimos até agora, imagine o que vem por ai.
Resta ao nosso Cid o consolo da fama, na posição exata contrária do outro famoso Cid.
Sem viralatismo de minha parte, minha gente, o Cid deles lá é uma invenção, o nosso, infelizmente, é real.