Está prevista para hoje mais um depoimento do ex presidente, o segundo em menos de 30 dias, dessa vez sobre os atos do dia 08/01.

Avisam na imprensa que o ex presidente passou os últimos dias treinando com seus advogados o silêncio com que pretende nada responder na inquirição da PF, exceto uma pergunta feita pela PGR sobre divulgação de vídeo convocando para a data fatídica.

O que é de direito.

O curioso dessas ações penais, e estamos vendo o mesmo acontecer nos EUA com as investigações com Trump sobre a invasão do Capitólio, a inspiração para o nosso dia 08/01, é que por lá até agora estão prosperando todo tipo de acusação contra o ex dos EUA, de fraude nos negócios e até estupro e obstrução da justiça, menos a incitação durante anos e anos contra o sistema eleitoral e a invasão que pretendia evitar a posse do Biden recém eleito.

No TSE o ex presidente brasileiro corre o risco de perder seus direitos políticos, ainda por confirmar, no que seria um fato semelhante do aparente destino do parceiro americano, e, cá entre nós, no que seria um crime menor do genocida brasileiro, em vista do rol de crimes continuados cometidos anos e anos durante seu mandato e particularmente durante a condução da pandemia de Covid, descaminho e corrupção incluídos.

Essa história de condenar pelo conjunto da obra não me parece convincente, no caso do ex presidente genocida não faltam as chamadas tipificações individuais e sobre cada uma delas um processo pode e deve ser movido.

O juízo político esta dado, o status de ex define a condição atual do genocida e para virarmos essa página, diferente de várias ocasiões anteriores, incluindo o golpista Temer saindo ileso de seus crimes filmados e gravados, é preciso confirmar a sua inelegibilidade e posterior condenação nos crimes apurados e por apurar.

Sem esquecer de seus apoiadores e cooperadores civis e militares, tudo na forma da lei e com amplo direito de defesa, bem entendido.