Multa de R$3,9 bi por espalhar mentiras.

A justiça dos EUA aplicou essa multa bilionária na empresa de comunicação Fox News por espalhar mentiras, as famosas fakes news, sobre as urnas e o processo eleitoral americano, no mesmo estilo das nossas emissoras copiaram por aqui.

A situação nos EUA ficou tão grave para a Fox News que os obrigou a manobras nos escalões superiores, incluindo o controle acionário, tudo para proteger o conhecido proprietário Rupert Murdoch do alcance de lei.

Esse fato nos leva a refletir sobre esses anos todos em que as emissoras aqui no Brasil também usaram e abusaram do direito de mentir, não de compartilhar apenas opinião e aspectos tais e quais, mas mentir descaradamente.

Existe por hora um esforço grande das instituições para controlar o conteúdo de redes sociais, as ameaças e até um crime terrível cometido recentemente alarmou e o governo junto a sociedade a procura ainda de um caminho para ao menos vigiar e conter esses terroristas e seus crimes.

Quanto aos crimes das empresas de comunicação, rádio, TV e jornais, não vemos nenhuma discussão sobre esse tipo de coisa, sob o manto da liberdade de expressão conseguem livremente mentir para seu público, e o fazem alimentando os mesmos extremistas tal qual ocorre nas redes sociais e provocando as mesmas consequências.

Três coisas a dizer obre isso.

A Primeira é que parece que somos incapazes de legislar sobre limites da liberdade de expressão, mesmo quando essa liberdade é usada para mentir. Não é difícil checar fatos e confrontar versões, apesar de dizerem o oposto.

A segunda é que se somos incapazes de legislar, compete a justiça a promoção dessa busca pela verdade, então que seja preparado instrumentos de fiscalização dos conteúdos divulgados e uma reação envolvendo processos e penas monetárias elevadas passe a ser o objetivo.

Terceiro, que nossos valorosos grupos de juristas ativos na ações de defesa da democracia, de direitos civis e até do Presidente Lula enquanto esse se achava preso, incluam entre essas inúmeras tarefas a rotina de processar redes, jornais e televisão quando mentiras acintosas, criminosas e perniciosas tomarem vulto que o justifique.

Uma última observação, até que o ponto a pouca capilaridade entre os poderosos das chamadas redes sociais, veja bem, estou dizendo capilaridade e não alcance, a meu ver a novidade do uso das redes sociais é tão recente e nova que os mais velhos e nas posições de poder atualmente em todo o mundo, pela idade mais avançada, não tem ou não teriam até recentemente hábito de fazerem uso delas. Ao contrário de rádios, TVs e jornais, cujo amalgama entre agentes políticos, empresariais e sociais é tão forte a simbiose que seria impossível descrever a carreira e a notoriedade desses sem a presença na mídia convencional.

Até que ponto esse amalgama não direciona os esforços de contenção e controle numa direção e não em uma outra?

Por que ficam impunes as mentiras da mídia convencional?


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