Ainda a guerra

Enquanto nossos jornais e portais da mídia comercial descabelam-se e aos gritos insistem na defesa de posições inexistentes do atual governo quanto aos motivos da guerra Rússia / Ucrânia; o quem fomenta o que e como para o conflito prolongar, o Presidente Lula repete sua conhecida e repetidamente divulgada posição de condenar a invasão.

Para as intenções dos ativistas pró imperialismo, também chamados de PIG, não passam de idas e vindas as manifestações do governo, e essa condenação da invasão seria um recuo.

Já para os analistas estrangeiros em geral e algumas autoridades econômicas importantes de além mar, e até o governo norte americano mesmo, o importante sobre o Brasil reside mais não na posição sobre os motivos da guerra e sua continuidade, sobretudo na disposição do Brasil e dos Brics em abandonar o dólar como moeda de referência nas trocas entre seus membros.

Nossa Dilma empossada com pompa e circunstância na principal cadeira do Banco do Brics, faz coro ao discurso do governo brasileiro e anuncia na suas primeiras horas no comando o inicio de protocolos internamente para substituição do dólar nos financiamentos do Banco.

Não é pouca coisa, O PIB somado dos Brics empata com o PIB do G7, com ultrapassagem prevista nos próximos anos.

Exige-se do Brasil que dobre os joelhos, mantenha sua posição de neutralidade, que cale a boca por fim, enquanto nosso Presidente reafirma posições conhecidas, condena a guerra e sua continuidade, cobra responsabilidades quanto aos que sustentam o conflito com armas, recursos e dinheiro, e repete não aceitar a invasão de um pais por outro não importando a razão.

Ontem o principal Chanceler Russo esteve no Brasil, reuniu-se com o Presidente Lula, não vi imagens dessa reunião, fez a rodada de declarações de praxe, teve suas palavras distorcidas, foi-se embora.

Soube-se ontem que o Embaixador Ucraniano fora convidado pelo governo 10 dias antes do convite ao Russo e não apareceram para conversar.

Quanto a nós estamos sendo chamados a participar de um jogo muito maior, muito mais arriscado e onde a disputa acirrada deixa entrever o tamanho do prêmio cobiçado, a maneira subalterna e serviu que lidamos com esses assuntos, o terrível nível das analises disponíveis, a propaganda recebida como informação e aceita, tudo limita a melhor posição nesse jogo, a depender de muitos de nós o acesso a Disneylândia está de bom tamanho em termos geopoliticos.


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