Taxa de juros.

Talvez bastasse a ilustração acima para encerrar um debate sobre a taxa de juros no Brasil, infelizmente para entender esse grave problema não basta comparar nossos números com todos os demais países do mundo.

A primeira informação relevante é que a mudança recente no mandato do Banco Central no Brasil, mandato com prazo de duração fixo, permitiu que o atual governo herdasse da administração passado o presidente do banco e com ele seus planos e objetivos.

Talvez seja impossível sondar quais seriam os planos e objetivos do atual mandatário do BC, o possível é afirmar quaisquer que sejam estão em direção aposta aos desejos do atual governo nacional.

Muitas e muitas vezes ouvimos autoridades políticas e ministeriais do atual governo com queixas ácidas da trajetória ascendente e patamar elevado dos juros, e a grita parece receber nenhuma consideração e nenhum resultado até agora obteve.

O tal do Campos Neto segue impassível.

Talvez julgue acertada sua decisão, talvez, mas talvez suas motivações estejam ancoradas em outros propósitos desconhecidos e aí a questão extrapola a economia e avança na política nacional e na capacidade do novo governo eleito de entregar suas promessas de campanha.

O que nos deixou nesse impasse .

Se é verdade que o presidente do BC deve zelar por seus conceitos, esses precisam estar sob escrutínio constante, sobretudo quando da mudança brusca na condução política e o econômica do país. Nisso Campos Neto mostra total desacerto com essas mudanças e, pior, nenhum bom senso para reconhecer a necessidade de no mínimo dialogar e buscar entendimento com a decisão soberana colhida das urnas.

Ao contrário, busca reafirmar seu equívoco e convoca pares igualmente derrotados nas suas premissas para insistir e permanecer no grave equívoco.

Assim fazendo ultrapassou todos os limites e atingiu pontos de não retorno, mostrando insensibilidade e pouca inteligência para democraticamente participar da vida normal de um país, insistindo em manter as maiores taxas de juros do mundo sem apresentar nenhuma explicação convincente.

De fato é um desafio para a conhecida prática do diálogo e entendimento do nosso presidente, habituado a enfrentar e vencer resistências com paciência e mostrando o caminho.

Infelizmente, parecem faltar a Campos Neto o mínimo para seguir na posição atual e insistir com ele só serve de atraso para a mudança urgente da atual taxa de juros.

Fora, Campos Neto.

Fora!


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