Dia 20 de abril

Depois de alguns anos fomentando o desprezo pelo conhecimento, a cultura e mentindo sobre a realidade da convivência nas escolas e universidades brasileiras, enquanto armavam a população e apontavam o alvo, os grupos de fanáticos, frustrados, ressentidos e malucos de toda sorte, agora utilizam essa mesma rede de contatos construída nesses tantos tempos de violência retórica para espalhar terríveis ameaças de invasão e massacres nas escolas.

Impossível saber a verdade nisso, quantas pessoas realmente envolvidas nessa cruzada insana, impossível saber o que de fato pode acontecer.

O que se sabe é que não terão alcance e serão poucos os ataques, se ocorrerem, mas como disse o Ministro Dino ao falar que e o uso das plataformas sociais livremente disseminando terror não valem a vida de uma só criança, também para esses grupos basta um só caso para sentirem o resultado desejado com esse clima criado.

Para nós compete acompanhar e promover junto aos espaços frequentados por nossos filhos o cuidado necessário, a atenção requerida e sobretudo o respeito no tratamento da questão, porque ela exige de nós equilíbrio diante desse exagero retórico, desse meio pânico, porque pra isso mesmo ele existe, e entre nós dialogar serenamente mesmo sabendo que existem sim riscos e que não podem ser negligenciados.

As crianças sabem, na porta das escolas a movimentação mudou, a rotina de entrada e saída mudou, guardas armados estão agora sempre nas vistas, e os pais compartilhando enorme quantidade de lixo nos grupos das redes e contatos de telefone. E entre ameaças compartilhadas convivem nos grupos a mesma divisão de perspectiva observada na sociedade geral ultimamente, com adeptos mais conservadores com as soluções de força e mais armas, enquanto os mais progressistas perplexos sem uma resposta a oferecer, cobrando das escolas e autoridades uma solução.

O Presidente Lula chamou Governadores, Prefeitos e Ministros pra uma reunião urgente ainda hoje assim que voltar de suas viagens, nessas reuniões ele costuma mais ouvir e não devemos esperar muitas decisões por hora, mas elas certamente virão.

E que não venham, e não acredito, no formato tiro, porrada e bomba, como alguns Governadores e Prefeitos antecipam, nessa nova situação que vivemos vale atentar para a triste experiência dos EUA, adotando um sem número delas, inclusive mais armas, mais vigilância, mais detectores de metal, e embora não saibamos ao certo o resultado obtido em prevenir novos ataques com isso tudo, é certo poder afirmar que eles continuam.

Imagino um melhor resultado obtendo informação infiltrados nos grupos dessa gente, quem conhece um pouco desse louco mundo diz que eles planejam intensamente esses ataques e divulgam livremente entre os seus, não deve ser difícil de fazer, até porque não devem ser tantos assim.

Enquanto aguardamos o dia 20 próximo, a data escolhida para as ameaças de invasão e massacres não só aqui no Brasil mas também nos EUA, porque é o dia de aniversário do genocida nazista da segunda guerra mundial, vale refletir também para o uso desestabilizador social dessa iniciativas, quem promove e quem procura obter dividendos políticos com o medo e o desespero humano. A recente experiência com a Pandemia nos alerta para o uso desassombrado da morte e do luto, como não medem esforços para soluções simplistas e falsas, e como esse caldo todo tem rumo e destino certo para entornar. Também agora a disputa das versões está aberta, enquanto vemos Prefeitos e Governadores recém eleitos que invadiram hospitais promovendo falsas denuncias eleitoreiras durante a Epidemia, deles mesmos virão algumas soluções para o enfrentamento do grave problema, e nesse caso não devemos esperar muito.


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