Todos fazem as suas previsões, normalmente ancoradas nas informações disponíveis, no caso de uma eleição o fundamento são os números das pesquisas.

A democracia afunila nesse ponto, importa somar e nem sempre importa como.

Nem porque ou para quê.

O que já é outro assunto.

Chegamos ao resumo numérico do que é e está evidente, um país exausto e inculto, mal informado e individualista que tateia no escuro procurando uma saída, e quem poderia ajudar a encontrar são os que mais a escondem.

É essa sina malthusiana mal resolvida, resumida no pouco pirão o meu primeiro, que um país solidário mas carente de meios de sobrevivência distribui muito mais incertezas e desafios do que qualquer outra coisa.

Há de reconhecer que o apelo à ordem, a força, na marra, faz sentido nessa confusão e caos, não fossem também essas, consequências desse tipo de opção.

Não existe solução mágica, nem de força, nem voluntarismis, nem nada que resolva todos os problemas, existe uma construção coletiva e uma individual.

E uma depende da outra.

Às vezes uma mais que a outra, como estamos prestes a experimentar no dia de hoje e nos próximos dias.

E essa necessidade do momento exige um esforço coletivo, inclusivo, generoso, tolerante, cuidadoso e pacificador.

É uma batalha de armas poderosas, violentas, que exigem coragem e determinação na dose e necessidades exatas.

Mas é uma batalha diferente.

Lutamos para incluir, o máximo de gente possível, no celeiro de oportunidades e justiça, contra aqueles que propõem soluções simplistas e excludentes.

Uma luta difícil, porque devemos incluir inclusive aqueles que querem nos excluir.

Verdade que devemos colocá-los em seus devidos lugares, o mais longe possível das instâncias de poder.

Para isso caminhamos hoje, o mais solidário e próximos possível, para construir as pontes do futuro.

Pontes em que todos passam passar, apesar dos pesares.

Seguimos.


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