De Pirro a Moro

O juiz do Paraná, verdade seja dita, logrou conquistar seu objetivo de afastar Lula da Eleição.

Sua vitória, entretanto, me fez lembrar uma outra acontecida a muito tempo e que a história guardou como a Vitória de Pirro.

José Dirceu nos deu outro dia um exemplo da história, invocou igualmente o passado de Roma, quando comparou a prisão de Lula com o assassinato de César no Senado.

Somo a Dirceu a minha lembrança, se de vitórias do tipo as de Pirro estamos falando, os exércitos dos golpistas vitoriosos na última batalha estão agora dizimados e incapazes de sustentar outras vitórias.

Como Pirro, exauriram suas forças e não tem mais como enfrentar uma nova luta.

Perderam, ganhando.

O regime democrático funciona como uma religião, uma devoção.

Aliás, é curioso como os sistemas modernos funcionam assim,na base da crença e não na base da realidade, basta o exemplo da existência do dinheiro.

Mas esse é outro assunto.

Já a democracia quando afrontada, como foi o caso, sofre abalos terríveis, delicados, de delicados consertos.

O voto é o início de sua restauração e que vai exigir ainda muito trabalho e tempo, para se consolidar.

Os golpistas enfraquecidos darão uma trégua forçada e momentânea, para depois recomeçarem a luta de sempre, contra a inclusão e a partilha.

Nisso não se parecem com Pirro, que desapareceu da história, esses ai não desaparecem nunca.


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