O portal Brasil247 nos informa que o estoque de imóveis retomados pelos bancos brasileiros por conta de inadimplência nos pagamentos do financiamento, atingiu a marca de 70 mil unidades.
Que correspondem a 11 bilhões de Reais.
Esse estoque que até 2016 era de pouco mais de 40 mil unidades, quase dobrou, é só esse primeiro trimestre de 2018 já foi acrescido de 1,6 bilhões de Reais.
A CEF detém cerca de 60% desse estoque.
Evidente que em algum momento os bancos precisarão desovar esse ativo, que será feito através de leilões onde o antigo proprietário só recebe parte do que pagou até ser obrigado a devolver, na hipótese do valor apurado em leilão curtir os custos do banco e sobrar algum.
O que nos conduz para o cenário seguinte.
Esse leilão maciço de imóveis provocará queda generalizada no valor dos imóveis, congela lançamentos novos até que esse estoque acabe, transfere renda dos mais pobres, que não conseguem pagar uma prestação e perdem seu bem, que será adquirido a preço de banana por quem tem algum dinheiro para arrematar o leilão.
Mantém assim a construção civil parada, o desemprego na área nas alturas, enquanto alimenta o mercado com estoque barato para a próxima rodada de valorização.
Concentração de renda funciona assim.
A solução?
Qualquer uma, menos essa.
