Estamos às vésperas de decisões que vão influenciar o funcionamento da política brasileira ao menos por 2 anos.
Os últimos arranjos e acordos partidários estão sendo finalizado e daqui a pouco serão conhecidos.
Já se pode afirmar que a tendência a fragmentação venceu nacionalmente, como previsto, mas os acordos nos estados seguem embaralhando interesses e retornando mais ou menos ao que era antes do impeachment de Dilma.
Sim, isso mesmo.
O impeachment foi uma reação misógina-evangélica-justiceira-midiática da cansada classe política muito pressionada e amedondrada, num processo ainda em disputa, mas que com as eleições parece reagrupar os interesses majoritários da população.
O voto impõem as suas condições, mesmo num processo tão viciado e controlado como o nosso, as grandes diretrizes de preservação de direitos e participação do estado no desenvolvimento continuam imbatíveis.
Por isso aquele levante desesperado do capital, com o discurso moralista e no intuito de destruir o principal partido do Brasil, o PT.
Foi um movimento irresistível para os débeis e incapazes políticos nacionais, que tem em grande maioria esse perfil desabonador, infelizmente.
Mas a hora da verdade chegou, e apesar de tudo, o voto na urna conta muito, menos do que deveria, mas muito forte para impor rumos ainda.
A questão Lula e a legitimidade da eleição principal continua em aberto, embora os interesses em disputa deixam claro o papel decisivo de Lula e do PT nessas eleições.
Tentar jogar isso fora, elegendo um presidente fake e sem voto pode parecer uma boa idéia para alguns, não mais para grande parte dos políticos envolvidos nessas alianças, que parecem renovar suas lealdades no antigo acordo golpeado, ocupando espaços do PMDB, naturalmente escamoteado.
Jogam, por conveniência de todos, a culpa no colo do PMDb.
O psdb também parece que vai levar uma surra por conta do golpe.
É isso, por enquanto.
