Antes do dia 5.

Estamos na reta final para que os partidos concluam suas coligacoes e indiquem seus candidatos para as próximas eleições.

Os escolhidos para as candidaturas a presidente já são conhecidos, mas a questão dos vices está diretamente ligada ao fechamento das negociações e a grande dificuldade em decidir por esse ou aquele mostra o quadro de enorme dificuldade desse momento.

Existem questões relacionadas a cláusulas de barreira para acesso a fundos partidários a partir de 2020, com cláusulas de desempenho mínimo já valendo para essas eleições, que condicionou decisões dos pequenos partidos em busca de sobrevivência.

O acesso ao tempo de propaganda gratuita, proporcional ao números de deputados e senadores que compõem a coligação e a expectativa de governabilidade futura, também merecem especial cuidado.

Aí chegamos aos estados, que mesmo manietados por interesse maior da disputa da cadeira de presidente, será o combustível do empenho ou do abandono desses candidatos.

São muitas as questões, não por acaso o funil eleitoral tem concentrado na disputa PT x PSDB, por conta dos apoios nacionais que conseguem angariar, história e a experiência em fazer, executar e cumprir grandes acordos que contemplem múltiplos interesses.

O PSB que tentou colocar-se como um player importante nessas eleições sairá mais fraco que entrou, perdido nas necessidades paroquiais e no discurso contraditório.

Uma questão relevante para vencer uma eleição presidencial é a clareza de propósitos, mesmo no emaranhado das coligações regionais e locais, o eleitorado vencedor sabe no que está votando e porque.

Engana-se quem pensa o contrário, por isso a eterna disputa entre PT x PSDB deverá se repetir, por conta da distinção entre eles e a expectativa de seus eleitores na clareza das propostas.

Bolsonaro é o espantalho, mesmo com esses números surpreendentes e assentados, será exibido a esquerda e à direita como o mal maior a evitar.

Não acredito que consiga superar o bombardeio ideológico a esquerda e o poder econômico a direita.

Alckmim perde para o candidato a ser escolhido por Lula, no provável impedimento a que será submetido.

O golpe entra em parafuso e vamos iniciar um novo tempo.

É isso que mostra o cenário atual, até que alguma coisa aconteça e mude tudo.

Ou não.


Deixe um comentário