Estamos na reta final para que os partidos concluam suas coligacoes e indiquem seus candidatos para as próximas eleições.
Os escolhidos para as candidaturas a presidente já são conhecidos, mas a questão dos vices está diretamente ligada ao fechamento das negociações e a grande dificuldade em decidir por esse ou aquele mostra o quadro de enorme dificuldade desse momento.
Existem questões relacionadas a cláusulas de barreira para acesso a fundos partidários a partir de 2020, com cláusulas de desempenho mínimo já valendo para essas eleições, que condicionou decisões dos pequenos partidos em busca de sobrevivência.
O acesso ao tempo de propaganda gratuita, proporcional ao números de deputados e senadores que compõem a coligação e a expectativa de governabilidade futura, também merecem especial cuidado.
Aí chegamos aos estados, que mesmo manietados por interesse maior da disputa da cadeira de presidente, será o combustível do empenho ou do abandono desses candidatos.
São muitas as questões, não por acaso o funil eleitoral tem concentrado na disputa PT x PSDB, por conta dos apoios nacionais que conseguem angariar, história e a experiência em fazer, executar e cumprir grandes acordos que contemplem múltiplos interesses.
O PSB que tentou colocar-se como um player importante nessas eleições sairá mais fraco que entrou, perdido nas necessidades paroquiais e no discurso contraditório.
Uma questão relevante para vencer uma eleição presidencial é a clareza de propósitos, mesmo no emaranhado das coligações regionais e locais, o eleitorado vencedor sabe no que está votando e porque.
Engana-se quem pensa o contrário, por isso a eterna disputa entre PT x PSDB deverá se repetir, por conta da distinção entre eles e a expectativa de seus eleitores na clareza das propostas.
Bolsonaro é o espantalho, mesmo com esses números surpreendentes e assentados, será exibido a esquerda e à direita como o mal maior a evitar.
Não acredito que consiga superar o bombardeio ideológico a esquerda e o poder econômico a direita.
Alckmim perde para o candidato a ser escolhido por Lula, no provável impedimento a que será submetido.
O golpe entra em parafuso e vamos iniciar um novo tempo.
É isso que mostra o cenário atual, até que alguma coisa aconteça e mude tudo.
Ou não.
