No festival Lula livre do último sábado no Rio de Janeiro, Gilberto Gil e Chico Buarque cantaram juntos, após hiato de 26 anos, a música composta em parceria contra a censura da ditadura militar no Brasil, a conhecida ” Cálice”.

Antes, Chico cantou ” Deus lhe pague” e ” Gota d’água”, ambas igualmente conhecidas e compostas no contexto da ditadura militar governando o país.

As referências nas escolhas do repertório deixam claro a percepção dos nossos maiores artistas sobre o momento atual do país.

Um misto de protesto e impotência similar ao vivido durante o regime militar, agora percebido no impasse das injustiças cometidas pelo judiciário partidário e parcial – também com um governo ilegítimo – todos contra o presidente Lula e a possibilidade de superação da grave crise política e econômica que sua presença e provável vitória nas urnas, representa.

Também a possibilidade de superamos sem traumas ainda mais profundos, dentro da possibilidade de recuperarmos a convivência democrática pacífica e limitada em tensões administráveis.

A percepção é que a opção de destruir e empobrecer o país não é a escolha da maioria, e seguir nessa direção não só é insensato como perigoso.

A maioria já parece ter entendido e decidido por renovar a escolha por mais democracia e inclusão social, com o estado brasileiro ao lado do seu povo e não contra, como fazem atualmente.

Nesse sentido a maioria clama por paz e democracia, e se esses apelos lúdicos e festivos serão ouvidos, breve saberemos.


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