As coligações partidárias servem a muitos propósitos, o de sobreviver é um, ganhar outro.
A divisão do tempo de propaganda gratuita na televisão, nessa hora de grande dificuldade financeira para os partidos e candidatos, além do inédito prazo reduzido de duração das campanhas, somou dificuldades e acabou por sobrevalorizar a mídia gratuita dessa vez.
Então, até onde já se sabe, Alckmin terá 8 minutos, Lula 4, Meireles 3, Ciro 1, e segue os demais ladeira abaixo, proporcionalmente ao tamanho somado das bancadas de apoio nos respectivos acordos partidários.
Marina, 6 segundos.
Bolsonaro, 8 segundos.
A questão da sobrevivência eleitoral neste contexto de pouquíssima visibilidade é decisiva.
Porque não é só dizer rapidamente qualquer coisa, é preciso tempo para desconstruir o discurso adversário, e tempo para responder a esses ataques.
Essa eleição que parecia encaminhar-se para um cenário parecido com 1989, com grande dispersão dos votos entre vários candidatos, consolida-se para a velha conhecida disputa entre Pt e PSDB.
Seria, até, como as eleições de FHC, vencidas no primeiro turno, pudesse Lula concorrer livremente.
Como isso não parece possível, vamos de poste, pode dar certo novamente.
