Quem já viveu um pouco mais sabe das dificuldades que estamos enfrentando, embora com características próprias.
A verdade é que descobrimos dessa vez que não basta avançar e dai acreditar que ficamos livres das sombras do passado.
Parece que cada geração é chamada para exorcizar seus próprios demônios.
Muito desses ectoplasmas zumbis deixaram suas moradas e tentam a luz do dia impor a exclusão e o privilégio utilizando para isso os meios necessários.
Estamos, sim, em uma escalada de imposturas e o golpe não foi o ápice, senão o início mesmo desses tempos absurdos.
Enquanto ainda tratam de imobilizar as nossas possibilidades de reação, declaram, entre outras coisas, que o fim de nossas escolas públicas precisará de muito gas para acontecer.
(E anunciou-de que após 20 anos de quedas continuas, a mortalidade infantil cresceu 5%.)
Sabem que, uma vez instalados, poderão manter a força posições de afronta às necessidades de nosso país.
A falta de senso e oportunidade nossa, aliada à alienação e o monopólio da opinião, permite manter um número de brasileiros inertes, entorpecidos, sofrendo isolados a crise que a todos empobrece, e mesmo assim conseguem manter através da falsa informação,um sentimento generalizado de incapacidade e culpa individualizado.
Pensar coletivamente é a saída geral, enquanto tratamos de sobreviver no varejo.
Essa é mais uma luta, sabemos, e como todas não é preciso que o seu significado seja outro além de lutar por justiça e pelo que é certo.
E que pertença a todos e a todos inclua.
Assim fazendo, lutamos bem.
