Me imagino em uma cidade do interior, digamos MG, numa dessas dezenas que existem lá, com 20, 30, 40 mil habitantes.
E eu agora sou um fiscal da receita federal, rigoroso, e para iniciar meu trabalho de investigação abandono os escritórios e computadores e sento em um banco qualquer da praça central da cidade.
Aquela praça, da igreja matriz.
E passa um carrão, e outro, mais outro, anoto as placas, descubro o nome e endereço do proprietário, vou até suas casas, e a partir daí verifico suas respectivas declarações de renda.
Método infalível.
Da mesma simplória maneira vasculho a vida dos políticos, o que faziam antes, como comportaram-se nos mandatos, o que fazem quando não os exercem.
A ideia geral é que ninguém honesto enriquece na vida pública.
Infalível.
E, o que fazem quando não estão em cargo eletivo ou nomeado, importa sobremaneira.
Quanto ao fiscal do interior, o que sei disso é que aqueles que deveriam ser fiscalizados o contratam na época propicia para que ele, digamos, “faça” as suas declarações de renda.
Quanto aos políticos, ex professores, ex presidente, ex governador, ex deputado prefeito senador , ex neto, ex filho desse ou daquele, ex qualquer coisa, que não recebeu uma herança altíssima, não ganhou na loteria e nem é ou foi empresário rico, não tem jeito.
É ladrao.
E, concluindo, entre o Lula e o FHC, qual dos dois você acha que roubou?
Qual dos dois é milionário?
A revista Carta Capital dessa semana pode te ajudar a descobrir.
