A disputa importa.

Os candidatos à presidência que continuariam a obra em andamento e mesmo outros que manteriam uma sequência ideológica autoritária, estão absolutamente anulados e parece que assim permanecerão.

O candidato fascista com seus 15% também estancou e na impossibilidade de formar alianças fica com 8 segundos de tempo de propaganda gratuita na TV, muito pouco pra avalanche de críticas e ataques que receberá dos seus adversários.

Marina que insiste em permanecer no vácuo não engana mais e Ciro apesar de acenar pra todos os lados também não soma apoios importantes.

O quadro permanece com Lula na frente, totalmente isolado na sua liderança, com chances reais e crescentes de levar no primeiro turno, mas provavelmente impedido de concorrer.

O nome que ele ungir deverá ter no mínimo chances de passar no primeiro turno.

Agora eu penso em uma outra situação, deveras preocupante.

A ausência de probabilidades de vitória do campo golpista e do possível fracasso geral das candidaturas de direita abre espaço para manobras perigosas.

De uns dias para cá um certo silêncio dos apoios aos candidatos do golpe, e também a tremenda repercussão favorável à Lula nesse último domingo, parece que deu um choque de realidade duríssimo ao grupo político e econômico que deu e sustenta o golpe.

Eles não tem nenhuma viabilidade eleitoral,e pior, diminuem.

E isso é perigoso.

Na falta de saídas essa turma vai tentar forçar uma, do jeito que for, na forma que for, fazendo o que necessario for.

Não faltam idéias e disposição.

Nos próximos dias e semanas o resto de nossa democracia enfrentará seus maiores desafios das últimas décadas.

Em hipótese alguma irão oferecer a derrota gratuitamente, um preço alto deveremos ainda pagar, e digo além do custo que representa Lula preso.

Porque o que fizeram ainda não foi o suficiente para garantir a sequência do golpe.

Breve descobriremos.


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