Eu procuro sempre sintetizar minhas idéias, torná-las o mais simples possível, mesmo a compreensão de assuntos complexos, até porque minha especialização é a engenharia e todo o resto aprendi sozinho e estou sujeito a entender tudo superficialmente.
Por isso, modestamente, arranho uma coisa ali e outra aqui.
Por exemplo, economia.
Brasileiro que viveu durante o período da hiperinflação precisou entender os mecanismos básicos da economia para sobreviver, e assim fiz.
Não só as pessoas, diga-se, já por volta de 2006 eu descobri, in loco, que para compensar um cheque na mesma praça em Londres você precisaria esperar 7 dias úteis, o que no Brasil bastavam 24 horas.
Esse circo do domingo, promovido pelo judiciário classista, parcial e incompetente, ensinou uma lição importante para todos nós, além dos adjetivos que empreguei.
Ensinou que a validade da lei, de uma decisão da justiça depende de sua eficácia, depende das pessoas, todas, as envolvidas profissionalmente e as que sofrem a ação sobre suas vidas, respondam a uma obrigação que a lei impõem. As pessoas precisam saber, por bem ou por mal, que uma decisão será cumprida, custe o que custar.
Sem fazer demagogia ou reflexões sobre os efeitos da ação da justica, que só age sobre os pobres etc, aprendemos que uma lei que serve para mandar prender deveria servir para mandar soltar.
Como disse logo no início, simples assim.
Nós brasileiros estamos descobrindo que uma lei diferente tem sido praticada, que tem mão única e só serve para punir, sem eficácia quando chamada a corrigir injustiças ou cumprir ordens diferentes.
Assim, concluo, daqui a pouco vamos todos entender, entender e assumir, que tal tipo de uso e aplicação dessa lei não nos serve e precisa ser mudada.
Esse dia vai chegar, na verdade, até domingo estava muito mais distante.
