A morte dos shopping centers.

Já de muitos anos o anúncio do fim dos negócios dos shopping centers circula nos países do primeiro mundo.

Um número desconhecido desses monumentos já fechou, nos EUA sobretodos.

A imagem que eu tenho da Europa latina é a de cidades dominadas por pequenos comércios, pequenos restaurantes, pequenos centros comerciais, e os grades atacadistas funcionam por lá como os nossos centros de distribuição, afastados das regiões populosas, em zonas industriais.

Não sei se ainda permanece esse modelo por lá, talvez um meio termo, mas não sei mais.

Nos EUA, entretanto, vale tudo, e as grandes lojas atacadistas, os malls, as franquias, foram engolindo os pequenos comércios, muitas vezes familiares, e os shopping centers eram a jóia da coroa americana, embora seu perfeito funcionamento dependesse das lojas gigantes, os âncoras, como são chamadas.

A crise agora atingiu esses gigantes, a crise da internet, da compra on-line, e, parece, feriu de morte.

Os principais investidores dos shoppings nos EUA já falam abertamente em abandonar esse modelo de negócios.

Aqui no Brasil eu vejo de outra forma.

Mesmo a tendência insuperável e invencível do comércio eletrônico não terá forças, ao menos até onde se pode enxergar nesse momento, em destruir os shopping brasileiros.

Primeiro é bom lembrar que por aqui a moda dos shoppings custou a pegar, claro que por falta de consumidores, e os primeiros sucessos foram colhidos por uma peculiaridade dos países pobres : a violência urbana, os assaltos.

Por aqui esses bunkers sempre foram encarados como zona de exclusão, de privilégios, seguros.

Nesses termos irresistível.

Por conta dessa capacidade de permanecerem relativamente isolados do caos que já está, com tendências de agravar sobremaneira, a existência dos shoppings me parece assegurada.

Asim nasceram por aqui e assim deverão sobreviver, e enquanto os efeitos das crises mais se fazem visíveis, melhor para eles.


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