Sequestro.

Acompanhei com surpresa, depois esperança e finalmente indignação, a novela carnavalesca promovida pela justiça brasileira nesse domingo.

Estávamos todos pensando na vida, na copa, no descanso, quando fomos subitamente lembrados do terrível fato que o presidente Lula está preso e preso ficará, como o dia de hoje deixou claro.

O que me deixou ressabiado desde a manhã foi uma live do deputado Damous, também advogado e um dos autores do habeas corpus de hoje, e nessa live Damous que acabara de estar com Lula na carceragem da PF em Curitiba, onde disse que havia comunicado a Lula que sua liberdade havia sido concedida por liminar e que ele seria solto nas próximas horas.

Lula, segundo Damous, não acreditou e disse ser improvável que sua liberdade acontecesse por tão frágil decisão liminar.

Dito e feito.

O streap tease do judiciário, entretanto, e das redes oligopolizadas de comunicações, durante esse dia, deixaram marcas profundas dos absurdos e desrespeito às leis, rasgando os últimos resquícios de legalidade.

Lula já havia avisado que não esperava mais justiça.

O que ele espera, e hoje me pareceu uma amostra, é de uma resposta contundente dos brasileiros contra o arbítrio.

Não foi hoje.

Ainda não.


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