Os números das pesquisas afirmam e reafirmam a liderança de Lula, a expectativa das transferências de votos na hipótese de sua ausência e o número elevado de abstenções e nulos em qualquer hipótese, mas sobremaneira agravado esse quadro sem o nome do ex presidente.
Enquanto isso algumas outras coisas curiosas ocorrem.
Primeiro, o fato dos jornais, revistas e telejornais ignorarem a existência do petista, nessa ação conjunta absurda, tão comum no espírito do noticiário brasileiro.
Segundo, o beija mão dos demais candidatos sem votos prometem promover, indiscriminadamente, garimpando apoios que sem a legitimidade das urnas promete transformar o próximo presidente em uma versão um pouco melhorada do atual desastre.
Ciro promete acalmar o mercado e pedir perdão aos políticos do DEM que afendeu.
Meirelle promete gastar 70 milhões de seu próprio bolso na campanha, comprando apoios.
O candidato do fascismo segue com seu habitual repertório de sandices.
O candidato do PSDB com 1% de votos espontâneos.
Sobre apoio popular, votos, programas de governo para nos retirar dessa encrenca, pouco ou nada fazem, mesmo porque ou não sabem o que fazer ou sabem mas não acreditam que conseguirão.
Nem o clássico sangue, suor e lágrimas, conseguem propor.
Tudo isso não passa de ficção, onde todos esses movimentos giram em torno da única pessoa em condições de superar esse momento crítico, através do acordo que a eleição consagra.
Todos sabem perfeitamente disso, enquanto fingem não saber.
E no meio das manobras, chicanas e seletividade, um país manietado busca a sua liberdade, que é a sua única saída viável.
