Mudar por mudar e a greve geral na Argentina.

Em 2013 dei entrada na emergência de um hospital particular por causa de uma crise renal.

O jovem médico plantonista enquanto fazia seus exames preliminares puxou conversa sobre as próximas eleições e a necessidade de mudanças.

Mesmo gemendo de dor respondi com o argumento de mudar por mudar não significa nada, mudar só se for para melhor e entre as opções disponíveis para a presidência o melhor era manter Dilma e jamais eleger Aécio.

Acho que esse conselho, que nossos irmãos argentinos não seguiram, evitou que o mal se abatesse sobre nós já em 2014.

Os argentinos, por sua vez, arriscaram uma mudança às cegas, convencidos por esse discurso de modernizar, liberar, privatizar etc.

Colheram desemprego, tarifaços e agora a falência.

O novo, a mudança os levou ao velho Fmi e as conhecidas crises cambiais.

Hoje fazem uma terceira greve geral contra o governo Macri, me parece que dessa vez uma greve geral importante e refazem um velho caminho de desgastes e crises constantes conhecidas e que reutilizam na expectativa de retirar do poder o que imaginavam que seria o novo.

Nada mais velho, descobriram.

A nossa sorte, também a deles, é que o remédio para esse desplante é conhecido e está disponível : substituir essa bandidagem e retornar com os desenvolvimentistas e defensores da soberania.

Ainda há tempo para se salvarem.

Igualmente para nós, se soubermos escolher.


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