O congresso brasileiro tentou votar uma moção de repudio, ao tratamento que o governo norte-americano dispensa às crianças cujos pais estão presos por tentarem entrar no país de forma clandestina.
Desnecessário dizer que não conseguiram os votos para aprovar a moção e ainda foram obrigados a ouvir elogios ao governo dos EUA no plenário.
A reação horrorizada da imprensa mundial, incluindo a dos EUA, forçou um recuo da posição do governo Trump, que mesmo decidindo juntar as famílias, ainda assim mantém presas crianças de 5 anos.
A referência a campos de concentração é inevitável e nos recordam das maldades e injustiças desse mundo, de ontem e de hoje.
O drama dos deslocamentos humanos, a falta de trabalho e perspectivas, num quadro agravado por crises econômicas, ambientais, guerras e fome.
O drama humano parece não ter nem respeitar fronteiras e a sua superação dependerá igualmente de esforços coletivos, muito, muito distantes de acontecerem.
Até lá, enquanto esperamos essa improvável solução, os governos abandonam ao desespero famílias já sem esperanças ou fronteiras, obrigadas ao sofrimento não importando de que lado do muro se encontrem.
