A nova modalidade de censura, nesses tempos hipócritas, é o controle do fluxo de informação usando ferramentas de checagem através de empresas supostamente isentas e idôneas para filtrarem a veracidade do noticiado.

Já parece certo que o critério que será adotado será se a notícia foi vinculada por mídia corporativa empresarial ou por blogs e pequenos arranjos jornalísticos, a chamada mídia alternativa.

Segundo esse critério, o que a mídia corporativa publica é verdade e o que a mídia alternativa publica é suspeito, e, na dúvida, o critério que decide é averiguar se a alternativa segue a corporativa, em caso negativo quem mente, distorce ou falsifica será sempre a alternativa.

O exemplo de ontem no caso da visita do representante do Papa foi sintomático, com uns e outros apontando para direções distintas e um tal Vaticano news no meio promovendo a lambança.

O tal Vaticano news confirmou ser suspeitíssimo, repetindo conduta de quando negou a ligação do Papa para a mãe da vereadora assassinada Marielle. Ligação que foi confirmada depois.

Enfim, a questão da censura disfarçada é séria, embora previsível, a vislumbra um perigo do mundo obscuro na sociedade brasileira que a mídia alternativa tem colaborado decisivamente para adiar.

Parece que, infelizmente, será impossível adiar por muito tempo mais, as trevas deverão chegar com tudo que representam e são : o silêncio dos cemitérios.

Continuamos na batalha, cada vez mais manietados e pessimistas.


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