Pesquisa após pesquisa, de diferentes institutos e métodos, repetem o cenário com Lula vitorioso.
À medida que avançamos os dias aproximando das eleições a dramaticidade da situação transborda dos acordos e alianças para as ruas, na decisão que cada um de nós terá que tomar brevemente.
Os partidos políticos e seus candidatos já vivem esse turbilhão, na necessidade de formarem suas estratégias, escolherem candidatos, formarem maioria, somar tempo de televisão, firmarem compromissos, tudo isso dentro dessa incerteza que não é menor, ao contrário, gigantesca.
A presença do ex presidente decide a eleição em muitos estados, elege deputados e senadores, faz e desfaz maiorias, estabiliza alianças.
A tentativa do PSDB e Mdb de formarem uma aliança viável explodiu com o fracasso miserável do desgoverno Temer, levando os principais nomes desses partidos para fora das principais disputas.
Mas o grande drama permanece na definição da presidência, que no nosso sistema de poder significa muito, muita mais do que seria desejável.
Enquanto não conseguimos impor uma sociedade mais participativa e influente, dependemos da escolha coletiva nas eleições, sobretudo presidenciais.
E aí nosso drama me parece quase certo, mesmo na hipótese de elegermos um candidato escolhido por Lula.
A hipótese de sua ausência indica que caminhamos inexorável para uma grande farsa.
Farsa que, sabemos, antecede uma tragédia.
