A nossa vizinha Argentina a essa altura já esgotou suas reservas em dólares e conseguiu US50 bi emprestados com o Fundo Monetário Internacional, permitindo aos investidores estrangeiros saírem do seu mercado com garantia de recebimento.
É para isso que servem esses empréstimos, estabilizar o mercado e abrindo caminho para uma saída com a menor turbulência possível, uma espécie de retirada estratégica deixando os escombros para os derrotados de sempre nessas guerras econômicas.
Os ajustes nessas horas ajustam os ajustes anteriores, preparando o país para os ajustes futuros.
Cada nova rodada desses ajustes agravam a situação anterior, reequilibrando a economia em arranjos cada vez mais instáveis, num looping decrescente infernal, até a derrocada definitiva.
Nesse momento quando o edifício de vidro desfaz-se no ar, os responsáveis pelos anos de ganhos estratosféricos com juros dessas dívidas crescentes já estão longe, com seus dólares nos bolsos.
É quando os governos desses países quebrados repassam o mico para seu mercado doméstico com inflação e juros descontrolados e moratórias das dívidas públicas em moeda nacional.
Esse roteiro já está passando ao vivo e a cores na Argentina e em pré temporada no Brasil, com volatilidade provocada pelo aumento dos juros nos EUA, a inevitável valorização do dólar aqui no país, a queima das reservas para levar o câmbio a níveis artificiais e assim até esgotarem por completo os bilhões guardados nos governos de Lula e Dilma.
Com reservas suficientes para manterem o jogo por alguns meses, concluírem o atual estágio de liquidação nacional e a emergência futura de um novo governo em vias da insolvência.
É isso aí.
