A maioria dos gringos que vieram ao Brasil e tiveram o desprazer de cruzar comigo ouviram a minha pergunta predileta e fatal : vocês têm noção que a riqueza de vocês é o motivo da miséria do resto do mundo?
Evidente que estou dialogando com europeus e norte americanos.
Já conheci um namorado americano de uma amiga que chegou ao Brasil com 30 pares de tênis; nesse caso dinheiro e idiotice somados.
Geralmente a reação dos gringos diante da minha pergunta é de constrangimento, a maioria entende minha pergunta.
Talvez esse mecanismo de defesa de consciência que desenvolvemos para viver nesse mundo – nós ignorando a miséria interna e suas causas, eles ignorando a miséria externa – no fundo funcionem igual para todos.
É provável, afastar esses incômodos da mente nos ajudam a viver.
O mesmo saque que fazemos no nosso país em forma de acúmulo de capital financeiro, juros altíssimos para os poucos que tem dinheiro para aplicar, imposto só para os assalariados, salário de fone, proteção legal ao patrão, fora o racismo, misóginia e violência contra os pobres.
No front externo somos vítimas desses mesmo males, mais os saques das riquezas naturais, por parte das potências mundiais.
Mesmo sendo a nossa economia uma das maiores e mais diversificadas e importantes do mundo, nossa influência é muito pequena e frequentemente ignorada.
E, cá entre nós, num momento como o que estamos vivendo, é preciso concordar com os gringos e ignorar essa turma aí é o certo a fazer.
Concluo com uma observação sobre a reforma de ensino em andamento, nos moldes americanos e ingleses, que retiram matérias como história, geografia, filosofia das obrigatórias , passando a repetir padrão anglo saxão de formar idiotas.
Sim, meus amigos, o nível dos estudantes americanos e ingleses é de idiotas, especializados, mas idiotas.
Ou você acha que estamos assistindo o aparecimento de jovens defendendo que o nosso planeta é plano por acaso?
Não é só um fenômeno religioso,tem uma base de programada e planejada ignorância aí.
E do pior tipo, a ignorância dos arrogante.
Nos roubar e ainda nos culpam por sermos pobres.
Teriam razão?
Afinal, nada fazemos para nos livrarmos deles.
