Mônaco.

O juiz do Paraná, dizem, está em Mônaco para receber homenagem por lá, não sei de quem.

No principado não me consta existirem universidades ou inteligências relevantes, endinheirados fugindo do pagamento de impostos constituem o grosso dos moradores.

Já estive lá, naquele belo despenhadeiro junto ao mar, onde casas amontoadas nos barrancos e só acessíveis por elevadores no lugar das ruas, tornam o lugar moradia ideal dos espertalhões.

Quando lá, aprendi da origem do local, antiga moradia dos indomáveis piratas, terríveis e invenciveis.

Os bucaneiros eram os ancestrais dos atuais donos, os Grimaldis.

Contam que esses eram os piores e mais cruéis dos piratas, cuja fama terrível inspirou os reis da época a contratá-los como mercenários com um único propósito: destruir todos os demais piratas da região.

Em troca, o território que conhecemos como O Principado de Mônaco seria entregue como a paga do relevante serviço.

Missão dada, missão cumprida.

E os Grimaldi destruíram os rivais e ficaram de posse do barranco, que é, convenientemente, um aprazível porto e uma fortaleza natural.

E lá implantaram cassinos, paraísos fiscais, refúgio dos fugitivos de impostos, etc etc.

Não escondem sua origem, parecem, na verdade, orgulhosos dela.

Ao menos tentam manter a tradição.

A homenagem ao juiz do Paraná, nesse contexto, me parece justa.

A próxima deveria partir da cidade de Tróia.

A propósito, alguém conhece algum outro homenageado daquelas redondezas?

Nem eu.


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