Precisamos todos conhecer essa tese de Arendt sobre a Alemanha nazista, quando a escritora judia participou do julgamento do nazista responsável pela logística empregada no holocausto judeu, não encontrou um monstro sem humanidade, mas um burocrata empenhado em executar eficiente seu trabalho.
Se não achou nele o mal devastador que causou a morte de milhões, onde estaria essa força destruidora?
Uma forca cuja obra de destruição que estava espalhado por quase todo o mundo, poderia se esconder invisível no coração de um homem?
Aparentemente comum?
Evidente que a resposta era não,e essa força deveria ser procurada em outro lugar.
A resposta está no seu livro, não preciso repetir.
Faço o paralelo com esse início das dores do fascismo entre nós, que sabemos retorna de tempos em tempos.
Muito mais que uma piada de mal gosto significa uma falência, um descaminho, evidências de uma decadência que não deixa só miséria para trás, também o desalento e a falta de esperanças, que são o caldo, o tempero e a carne do fascismo, de todos os regimes totalitários.
