As saídas e as armadilhas.

A crise desenha por si mesma as saídas possíveis.

Algumas aceitáveis outras inaceitáveis.

A incrível incapacidade de remover Parente da cadeira,que hoje afrontou a todos com novo aumento de 0,75% no preço da gasolina, revelam a fraqueza fatal da presidência que formou-se como um condomínio de poder, imobilizando-o por completo.

Imagine aquele frágil castelo de cartas, o joguinho de palitinhos, frágeis em seu equilíbrio e desmancham a mínima perturbação.

É verdade que foi preciso uma dose cavalar para abalar o condomínio golpista, mas a hora chegou e parece definitiva.

As saídas exigiriam um novo pacto republicano, mas faltam vozes a altura para o diálogo.

Antecipação de eleições também compete na posição de melhor alternativa, por isso mesmo será evitada a todo custo.

O STF ressuscitar a possibilidade do Congresso modificar o sistema de governo para parlamentarismos, sem plebiscito, mostra o grau de indigência, periculosidade e irresponsabilidade da corte, atolada no golpe e temendo ser levada no roldão do acerto de contas.

Uns temem a cadeia, outros perder o poder, espaço, dinheiro, a cabeça….

Muitas as possibilidades a mesa.

Quem poderia imaginar um desastre desses apenas poucos meses após a derrubada de uma presidenta honesta, num golpe vergonhoso ?

Eu, modestamente, eu mais um monte de gente.

Agora, deixe de lado sua arrogância e aceite o veredito, sem eleições livres e diretas, com Lula livre e participando, essa crise não termina, não será superada por aventura parlamentarista ou eleição de outro presidente sem força e sem votos que o legitimem.

Sem um novo consenso eleitoral majoritário e amplo, não saímos desse buraco.

Há quem prefira nele permanecer, o que certamente não é o meu caso.

Seria o seu?


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