Uma característica intrigante e intratável da crise humana é a perda de referências
As pessoas estão atribuindo a si mesmas e suas poucas experiências pessoais como medida das coisas, do desenvolvimento político, econômico, social e até, científico.
Atribuir ao fenômeno um certo desprezo por livros e assim ignorar o conhecimento é consequencia do fenômeno, o orgulho em exibir ignorância é novo.
Atribuir ao fenômeno das igrejas evangélicas, ao menos no Brasil, também não explica, já eram idiotas antes de frequentarem igrejas.
Antes, um professor era uma pessoa respeitada, cientistas e eruditos, orgulho de comunidades e países.
O individualismo tornou a posse de bens e riqueza a única referência digna de respeito, o mais, dignos de pena.
Desprezo a ação coletivas, sindicatos, ideologias, utopias.
Talvez o fim das grandes crenças coletivas, expliquem parte do problema mas não justificam, poderiam ter sido substituídas por princípios diversos, que abundam, mas foram apenas lançados fora.
O que sobrou foram as bandeiras de si mesmos, os clubes de egos, a vitória de Édipo, sem nenhuma vergonha, pudor ou consciência.
Alienados, idiotizados, infantilizados, sem nenhuma noção de si, menos ainda dos demais.
É o que tem por aí, aos montes.
