Enterrem meu coração em Curitiba.

O impasse da greve caminha para um conflito a essa altura de proporções desconhecidas, uma não-solução, portanto, que acumula ódios e rancores.

Por conta desse desastre nacional, totalmente evitável, no mínimo administrável, meu pensamento segue para as masmorras de Curitiba, onde a voz do diálogo, da inteligência e da esperança, sobretudo esperança, permanece em silêncio, isolado, impedido de construir as saídas de que tanto precisamos os brasileiros.

Dia 29 próximo, terça feira, a articulação jurídica dos megalômanos e ladravazes – me faltam adjetivos – se reúne para consolidar uma injustiça que ultrapassa esse momento de loucura, atinge a própria história do nosso povo.

Uma iniciativa burocrática, fria e insensível que promete causar maiores, mais graves e duradouros danos que 100 anos de greves de camioneiros.

O TSE vai julgar ação de deputado do Dem sobre candidaturas de condenados em 2ª instância, resultado previsível e combinado com o MP para que esse solicite tutela antecipada impedindo essas candidaturas.

Assim, enterram juridicamente as chances legais de participação do presidente Lula, fechando as portas do futuro a maioria dos brasileiros.

Os tempos de radicalização parecem chegar, nossos lares e nossas vidas em turbilhão de ameaças e temores sofrem as afrontas do desprezo e da falta de esperança.

O que imaginam esses construir nesse caos de injustiças e seguidos golpes contra a vontade e o desejo das pessoas, por que trocam nossas escolhas?

Pelas escolhas deles?

Não serve.

Não vou pedir aos céus vinganca, nem que alguém a faça em meu nome, nem desejo o uso da força, da instabilidade, das violências.

A história segue seu caminho, posso perceber o mal que cresce e se avizinha nos caminhos tristes que seguimos, dessa estrada com tantos e duros percalços onde não é mais possível esperar alguma coisa boa.

A tempestade, sempre ela, vem.


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