Depois de Poe.

Uma empresa brasileira consumida
Pelos abutres sobre os seus umbrais
Alimentando outros iguais
Da terra tornada falida.

Pousou sobre a gente pobre do Brasil
o bando carniceiro
Após sobrevoos nos umbrais desnudos
Descascados famélicos obtusos.

Nada quis saber o governo da plebe
Nem tocou leve os seus umbrais
Sorriu medonho e triste em febre
Mesma tristeza ancestrais.
Desprezada gente em frios lares
Sem comida sem pão ou nada mais.

Seguiu Parente na sina
De criar abutres sobre umbrais
Da casa do pobre da família
Consumindo carne dos mortais
Dos assalariados dos coitados
De quem pouco ou nada tem
Nunca esperança vem
O abutre leva e nada volta
Desse além

Jamais.


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