Terra em transe.

Naquela época onde promoviam maratonas de filmes de um único diretor – antes da chegada das séries – encarei um dia inteiro de Glauber Rocha.

Alguém deveria ter alertado quanto a posologia recomendada do produto, exagerei e sai meio tonto.

As falas de Corisco ainda me assombram depois de mais de 40 anos passados, e, embora tenham ficado adormecidas, retornam definitivamente nesses tempos de golpe.

“Matar os pobres para não morrerem de fome!”

O ensandecido Corisco achou a solução para o flagelo da miséria.

A possível.

O dilema do Brasil que descobriu a cura para o pobreza e decidiu esquecer, é se existirá possibilidade concreta de novamente assistirmos nossa gente.

Na hipótese de não conseguirmos, Corisco e seu delírio farão novamente história.


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