Depois de muitos anos de consumo diário de álcool, em quantidade, o pobre alcoólatra não precisa mais do que uma ou duas doses para ficar bêbado.
Deve ter explicação, não procurei, eu vi.
Parece com um balde cheio que alguns pingos bastam para entornar.
E, como diz a música, fazer irreverências mil para as noites do Brasil.
De igual monta, com a diferença que eles tomam o porre e a ressaca é nossa, os analistas de economia insistem em tentar nos convencer, e lembrem que a cachaça é deles, dos rumos viáveis de negócios só dirigidos por ganhos financeiros.
Semelhantes aos antigos alquimistas e sua busca por moto perpétuo, por sua química que transformasse o chumbo em ouro, que nada sabiam dos átomos e nem da entropia, transformam baldes de liquidez em trilhões de um lado para o outro, de valor duvidoso, como os antigos charlatões nas praças de todo o mundo exibindo o elixir da saúde eterna.
Uns poucos pingos e transbordam em pânicos globais.
São esses tipos que estão por aí, tentando nos convencer.
Que a Argentina vai bem, o Brasil melhor, a Europa equilibrada.
Sinceramente?
Prefiro os bêbados.
