Democracia, essa mania de esquerdista.

O normal na nossa história política, verdade seja dita, é mais ou menos esse monstrengo que aí está.

Cacetada nos movimentos de protestos e luta por direitos, criminilização de líderes e, até, assassinatos.

Quem sempre deu valor ao acesso ao poder através de eleições livres foram os do centro, quando convinha, e os da esquerda.

E, a chegada ao poder de representante de sindicatos é coisa inédita não só por essas bandas, como é fato raríssimo em qualquer lugar.

De 1964 para cá, após os 21 anos da ditadura, já passamos por eleição para presidente sem direito à reeleição, mudamos o mandato de quatro para cinco anos ainda sem reeleição,depois mandato de quatro anos com reeleição.

Todas essas mudanças visavam impedir a eleição do candidato do Partido dos Trabalhadores.

Então, com exceção de Lula e Dilma, todos mudaram as regras para eleição e mandatos presidenciais, através de emendas à Constituição.

E,essas mudanças aconteceram durante esse breve período  após a ditadura e a após o início de vigência da Constituição de 1988.

O apreço diminuto por regras fixas eleitorais e constitucionais retornou com o golpe que derrubou Dilma.

Enquanto um vencedor óbvio não se define a orgia constitucional vigora,na verdade orgias hermenêuticas, no cenário vigente atual onde o neo ativismo do judiciário dá as cartas, até que a rodada seguinte defina quem vai mandar.

Enquanto nos degladiamos em tons crescentes, o tempo passa e o sofrimento aumenta, desorganizando a economia e e as vidas das pessoas.

Alguém disse que nossos sonhos estão acorrentados.

Em Curitiba, acrescento.

 


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