Ninguém simboliza melhor esse modelo econômico excludente do que a plataforma do Uber.
A relação de trabalho e de exploração é levada ao extremo, porque finge transferir o poder de decisão laboral ao empregado.
A garimpagem global permite que em qualquer tempo e lugar as crises cíclicas forneçam a mão de obra infinita para manutenção do sistema.
A regulamentação dos países e cidades também não oferecem ameaça, sujeitas a pressões das necessidades dos próprios explorados em busca de uma oportunidade qualquer de trabalho e ganho.
O trabalho precário que o mundo nunca conseguiu superar, alimentado em estimados 2 bilhões de pessoas disponíveis , superexcedente de necessitados e carentes de renda mínima que seja.
O mecanismo injusto que mantém funcionando sistemas econômicos de governos de faz de conta e as ilusões da prosperidade que nunca chegam, ainda mais uma vez ou outra serão desafiados até que se resolvam essas pendências, ou continue a girar essa roda em sua eterna imutabilidade.
Até lá, ou até nunca, os modelos do precário, do injusto, do provisório, governam esse mundo.
