A divulgação do índice de 2016 de aumento de 11% nos óbitos de crianças com 1 a 4 anos, óbitos evitáveis, objeto exclusivo dessa pesquisa, nos coloca na situação de alerta total quanto ao tipo de país que estamos construindo e para quê.
Para quem já sabemos.
Os números divulgados empilham vidas desperdiçadas que se somam ao escândaloso índice de assassinatos dos pretos dos pobres.
E das putas e travestis. A média de vida dos travestis no Brasil é de 35 anos.
A guerra mais mortífera do mundo é aqui no Brasil. Dos ricos e remediados contra os pobres.
Anexei acima o gráfico das mortes evitáveis para análise, não deixam dúvidas da fragilidade social em que vivemos os brasileiros e como tragicamente nos afetam os rumos de nossa economia e a ação interessada ou de abandono dos governos.
Quando divulgados os números acima, os pesquisadores já adiantam que os de 2017 serão piores.
Então, da nossa consciência adormecida no costume com o convívio da miséria, mesmo no soluço dos últimos anos que mostraram que poderíamos ser e fazer diferente, escolhemos não ser e não fazer.
Preferimos dizer que cuidamos das nossas vidas.
Mas não é isso que fazemos, sujamos nossas mãos de sangue enquanto insistimos em dizê-las limpas.
A pergunta permanece : até quando?
