Petrobras e o preço gasolina.

Analista de mercado é coisa muito rara, o que normalmente temos por aí é um papagaio dos interesses das corretoras e bancos, com capacidade de explicar, superficialmente, o movimento da bolsa e dos negócios naquele dia, e só.

O dia de amanhã pertence a Deus.

O exemplo da recentíssima valorização das ações da Petrobras, que nos últimos 2 anos saiu de valores próximos a 5 Reais e está em 25, não encontra explicação além de elogios a Pedro Parente.

Que nada faz além de vender a empresa e seus estoques.

O milagre tem um santo chamado preço do barril de petróleo, que nesse período saiu de 25 dólares e chegou a 75, com expectativa de atingir 100.

Ainda longe dos 170 dólares do passado recente e das previsões que chegaria a 200.

Nessa época de petróleo caríssimo, importa dizer que a Petrobras dava seus primeiros passos no descobrimento do pré-sal e enfrentava imensa companha contra a sua descoberta, tachada de inviável, de falta de meios para explorar o petróleo porque sua operação encareceria por demais o produto final.

Tudo boicote, tudo mentira.

Também problemas com valorização do câmbio a empresa enfrentou durante o governo Dilma, com ataques especulativos da moeda norte americano que rondou os 4 reais, sem que os preços internos da gasolina e gás tivessem aumentos.

A empresa era administrada com olhos nos prazos médios, o que faz todo sentido por cuidar de produto indispensável e monopolizado.

Se por esses dias o custo da gasolina caminha para 5 Reais o litro e o gás de cozinha subiu 100%, não é só porque o petróleo e o dólar sobem, mas porque das variáveis que compõem esses custos um elemento dessa matriz foi trocado.

Tiraram o consumidor e colocaram o investidor.

Isso faz toda a diferença na nova política dos preços, eles ganham na ponta da valorização das ações e na receita dos dividendos e você, paga.

Cada vez mais caro.

Também nesse caso o pato foi você.


Deixe um comentário