Apocalipse.

Funciona assim.

A primeira vez que você lê todo o livro – Bíblia – mesmo relativizando o conhecimento primitivo mostrado nos primeiros capítulos de Gênesis – que foi o que fiz – e sem deixar de lado o conhecimento histórico, antropológico, psicológico, científico, acumulado pela humanidade, mesmo assim, a primeira leitura se acompanhada de interesse e motivada pela descoberta recente da fé, impressiona.

Impressiona porque mostra um fio de história antiguissima, dos primeiros sopros da civilização, e que se supõem acompanhar a trajetória ímpar de um povo singular e tão perseguido.

Quando você vence essa primeira etapa de descobrimento, que já lhe consumiu alguns anos, naturalmente o hábito adquirido da leitura dos textos, se acompanhada de reflexão e pesquisa sérias, vai mostrando as incongruências , depois as incoerências, chega nas antagônicas, improváveis, impossíveis, falsas, mentirosas etc.

Porque tem tudo isso lá, e muito mais.

Segue a necessidade de saber a verdadeira autoria, a época, o interesse, os objetivos e os resultados.

Então em algum momento seguinte a ficha cai inexoravelmente.

Estamos diante de textos em sua maioria políticos e escritos e utilizados por interesse próprio, na obtenção de resultados específicos e disponível como arma de controle social de massas humanas.

Quando você acha que chega lá, volta a valorizar o esforço de séculos que o livro guarda, e o seu desejo de desvenda-lo, exatamente como tentou no início, retorna, desvenda-lo para todos, bem entendido.

E cadê o apocalipse?

Apocalipse significa isso: revelação, desvelamento,descobrimento, foi o que me aconteceu.

E apocalipse, o livro, também não tem nada sobre o fim do mundo, sendo antes um estilo literário específico e datado, mas falaremos sobre isso outro dia.


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