A desistência de Barbosa, embora demonstre a grande dificuldade de candidaturas da centro direita de vingar, provocou um estado de agitação nos partidários de Ciro Gomes, que tentam aproveitar a situação para crescer no eleitorado petista.
Para isso acontecer, e eles sabem melhor que nós, o PT precisaria formalizar um acordo e apoiar o candidato do PDT.
Sem combinar antes com os eleitores isso me parece tão improvável como impossível, nem o PT quer e muito menos o Lula.
Mas a tendência é prosseguirem nessa toada de manter o PT pressionado e tentar normalizar a ausência de Lula, para vingar a sonhada aliança.
Eles estão certos de tentar, Lula e o PT certíssimos de ignorar.
Seria mais um caso desses tempos estranhos, e que esta virando regra, de tentativa do rabo abanar o cachorro.
E, lembrei daquela piada do candidato que iniciou sua carreira no PDS da ditadura, depois MDB no período de abertura, PSDB no período democrático, finalmente PDT pós golpe de 2016, e quando foi questionado por alguém sobre coerência e posições políticas responde que nunca mudou. Quem perguntou não esconde o espanto, mas ainda ouve do tal candidato que ele não mudou porque nunca teve ideologia, sua ideologia sempre foi a mesma: tentar ganhar.
Qualquer semelhança com fatos reais, ou candidatos reais, é mera coincidência.
