Os números impresionantes da Argentina não deixam dúvidas do enorme sacrifício imposto, o percentual de pobre saltou de 5% para 30%, evolução difícil até de acreditar.
A questão sobre o contágio no Brasil deve ser a médio prazo, porque o que está provocando toda essa confusão é a valorização do dólar em todo o mundo, além das barreiras comerciais e preço do petróleo.
O quadro geral não é bom, instável, o que atrapalha o ambiente geral de negócios e provoca crises sm países já fragilizados por decisões internas temerárias, caso argentino.
Para nós imediatamente a crise Argentina trará diminuição das importações, sobretudo automóveis, que afetam nossa balança comercial que já preocupava por outros motivos.
O efeito orloff, fantasma dos anos 80/90 diz respeito mais, nesse momento, a impressão geral do mundo sobre a região, que a ida da Argentina ao FMI sinaliza como de rápida piora econômica e cenário conhecido de desastres.
Nesse início de ano aqui no Brasil acontece uma gangorra de entrada e saída frenéticas de dólares na nossa economia, e o aumento das tensões no vizinho não ajuda.
O banco central brasileiro que previa mais uma rodada de queda de juros já sinalizou cautela no dia de hoje e dificilmente confirmará essa tendência de baixa.
Também um aumento inflacionário foi percebido, como consequências do custo dólar, como os aumentos de gás e combustíveis.
O cenário aqui que já não era bom, piora, o quanto só tempo dirá.
Vai que os gringos ainda pensem que a capital do Brasil é Buenos Aires…
