Ficou conhecido por esse nome – empate – a estratégia que tornou o ativista Chico Mendes famoso em todo o mundo, na sua defesa e preservação da floresta.
Consistia em reunir o maior número possível de pessoas que ocupavam os locais destinados por madeireiros ou fazendeiros para desmate.
Era a inauguração do que chamamos hoje de ocupar e resistir.
A idéia era que o impasse e o
passar do tempo tornasse caro ao interessado na área esperar uma solução e acabava por obrigar a negociação .
Funcionou tanto e por tanto tempo que só resolveram quando assassinaram o Chico.
Interessante observar que foi nesse contexto que surgiu Marina Silva, que junto à Chico foram fundadores do PT na região.
A estratégia de empate do Lula, até aqui,provoca o mesmo resultados na dinâmica política daqueles no meio da floresta amazônica: paralisa e aguarda uma solução negociada.
Interessante igualmente observar que o nervosismo e precipitações, normais nessas situações, servem para revelar a firmeza das convicções, sem falar no caráter.
Os velhos companheiros petistas, alguns até afastados por mágoas, desinteresse, preguiça ou aposentadoria, parecem que revigoraram suas forças e estão entre os que mais trabalham pelo velho líder.
Os aliados eventuais, neófitos e interesseiros, também não decepcionam e fazem de tudo para abandonar ou recolher alguma sobra do líder petista.
Mas a verdade é que estamos em um impasse.
Empatados.
A solução usada para afastar o líder seringueiro, matá-lo, foi substituída até aqui com a tentativa de calar Lula com a prisão.
Como parece que está resolvendo pouco, uma outra tentativa radical pode ser tentada, nesse sentido, no mínimo a liberdade do ex presidente não vai acontecer por conta e desejo daqueles que o prenderam.
Por que sabe disso, a teimosia do velho líder insiste a esticar a corda, esperando pra ver de que lado arrebenta.
